Treze bancos participaram da 2ª operação de crédito ao setor elétrico


O secretário-executivo do Ministério da Fazenda[1], Paulo Rogério Caffarelli, informou nesta quarta-feira (13) que 13 bancos participaram da segunda operação de empréstimo ao setor elétrico, no valor de R$ 6,6 bilhões.

Além dos 10 bancos que participaram da primeira operação de crédito, fechada em abril, de R$ 11,2 bilhões (Banco do Brasil, Bradesco[2], BTG Pactual, Caixa Econômica, Citibank, Credit Suisse, Itaú Unibanco[3], JP Morgan, Bank of America Merrill Lynch e Santander[4]), também participaram o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES[5]), Banrisul[6] e BRB. Estas duas últimas instituições financeiras são estaduais e (Rio Grande do Sul e Distrito Federal).

O Ministério da Fazenda não informou qual a participação de cada banco nesta nova operação. O secretário-executivo da pasta declarou apenas que a parcela do BNDES, antes estimada em R$ 3 bilhões, recuou para R$ 2,7 bilhões. Ele não soube dizer, entretanto, com quanto entraram o Banco do Brasil[7] e a Caixa Econômica Federal.

"Nos dois empréstimos, que somam R$ 17,78 bilhões, a participação dos bancos públicos federais – Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – alcança 52,58%", informou o Ministério da Fazenda.

O novo socorro ao setor ajudará a cobrir o aumento do custo da energia para distribuidoras. A falta de chuvas neste ano fez com que as empresas tivessem gastos extras com a energia mais cara vinda das usinas térmicas e a contratada no mercado à vista, onde o preço disparou.

Taxa de juros subiu
No primeiro empréstimo realizado ao setor elétrico neste ano, ainda segundo informações do Ministério da Fazenda, os bancos públicos assumiram R$ 5 bilhões dos R$ 11,2 bilhões, ou seja, 44,6% do valor total. Na primeira operação, a taxa de juros cobrada foi de 1,9% acima do CDI. Nesta segunda operação fechada nesta semana, no valor de R$ 6,6 bilhões, os juros ficaram um pouco mais altos: 2,35% ao ano mais a variação do CDI.

Repasse aos preços
Na semana passada, o Ministério de Minas e Energia reafirmou que os empréstimos às distribuidoras de energia elétrica resultarão em aumento de 2,6% nas contas de luz em 2015. O reajuste será de 5,6% em 2016, e de 1,4% em 2017.

O cálculo já leva em conta o novo empréstimo que está sendo negociado com bancos pelo Ministério da Fazenda, no valor de R$ 6,6 bilhões, em condições similares às do primeiro empréstimo de R$ 11,2 bilhões, totalizando uma ajuda de R$ 17,8 bilhões.

Térmicas e mercado à vista
Dois fatores estão contribuindo para o aumento de gastos no setor: o uso mais intenso das usinas termelétricas e a compra, pelas distribuidoras, de energia no mercado à vista.

Em situações normais, quase toda a energia consumida no Brasil vem de hidrelétricas. No início desde ano, porém, os reservatórios das principais usinas do país baixaram muito devido à falta de chuvas e, para poupar água, todas as termelétricas disponíveis estão sendo usadas. Porém, como as térmicas funcionam por meio da queima de combustíveis (óleo, gás, biomassa), a energia gerada por elas costuma ser mais cara e isso impacta a conta de luz.

A queda no nível dos reservatórios também levou a patamar recorde o preço da energia no mercado à vista, para onde recorrem as distribuidoras que não têm sob contrato, a preços fixos, toda a energia que precisam para atender aos seus consumidores.

Pela regra, tanto o custo extra com as térmicas quanto com a compra de energia no mercado à vista deveriam ser pagos pelas distribuidoras nesse primeiro momento. Depois, elas seriam compensadas nos reajustes que acontecem todos os anos. Entretanto as distribuidoras alegaram não ter recursos suficientes para pagar as contas bilionárias. Por isso, em março o governo anunciou o plano para socorrê-las.

References
^Ministério da Fazenda (g1.globo.com)
^Bradesco (g1.globo.com)
^Itaú Unibanco (g1.globo.com)
^Santander (g1.globo.com)
^BNDES (g1.globo.com)
^Banrisul (g1.globo.com)
^Banco do Brasil (g1.globo.com)
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